Figura 1: Modelo simplificado de forma??o de cavacos
Durante o processo de usinagem, o material removido sofre deforma??o plástica e cisalhamento dentro do plano de cisalhamento e é expelido em formas de cavacos longos ou curtos, dependendo das propriedades do material da pe?a. Uma quantidade significativa de energia é consumida na zona de cisalhamento do processo de usinagem. Para usinagem de materiais incompressíveis, a deforma??o do material dentro do plano de cisalhamento n?o altera seu volume. Assumindo que a deforma??o é de cisalhamento simples e colocando uma pilha de camadas de material paralelas ao plano de cisalhamento, a forma??o de cavacos pode ser vista como um processo de cisalhamento dessas camadas de material.
Propriedades de materiais e forma??o de cavacos
Numerosos fatores influenciam a forma??o de cavacos, particularmente as propriedades do material da pe?a. Os processos de corte de metal envolvem deforma??o plástica do material da pe?a seguida de cisalhamento. Os comportamentos dos materiais elásticos e plásticos desempenham um papel decisivo neste processo. Diferentes materiais de pe?as exibem combina??es variadas de resistência ao cisalhamento e ductilidade. A ductilidade do material da pe?a refere-se à extens?o em que ela pode ser deformada antes da fratura (ver Figura 2). Quanto maior a ductilidade do material da pe?a, mais longos ser?o os cavacos. Como regra geral, quando a ductilidade do material excede aproximadamente 25%, os cavacos variam de longos a muito longos.
Figura 2: Influência das propriedades plásticas e elásticas do material da pe?a na forma??o de cavacos.
Alguns materiais da pe?a produzem cavacos longos; alguns produzem cavacos longos e dúcteis, enquanto outros produzem cavacos curtos. Este método também é usado no sistema ISO para classificar diferentes tipos de materiais de pe?as. Como cada grupo ISO (P, M, K, N, S e H) produz cavacos previsíveis, a sele??o de ferramentas e condi??es de corte deve corresponder ao comportamento do material. O Grupo ISO P (a?o) compreende materiais com ductilidade relativamente alta e tendência a formar cavacos longos. Devem ser tomadas precau??es adequadas para manter a forma e o comprimento aceitáveis dos chips.
Os Grupos ISO K (materiais fundidos) e H (a?os endurecidos) incluem materiais com menor ductilidade que produzem cavacos curtos. Isso simplifica o controle de cavacos. Os grupos ISO M (a?o inoxidável), S (superligas) e N (materiais n?o ferrosos) incluem materiais com ductilidade relativamente baixa, mas visivelmente viscosos. Esses materiais formam os chamados chips de “borda construída”.
Figura 3: Classifica??o da morfologia e formas dos chips.
Classifica??o da morfologia e formas dos chips
Os chips podem ser classificados de muito longos a muito curtos, sendo que os chips ideais evitam extremos. Cavacos muito curtos podem tornar a usinagem intermitente, causando lascamento prematuro da aresta da ferramenta e redu??o da vida útil da ferramenta. Do ponto de vista da vida útil da ferramenta, cavacos mais longos s?o preferíveis. Lascas longas e de formato suave resultam em menos microvibra??es durante o processo de usinagem, levando a uma melhor qualidade superficial. Entretanto, do ponto de vista do processo de corte em si, cavacos longos n?o s?o ideais. Eles podem danificar a máquina, a pe?a e as ferramentas, criando condi??es inseguras para os operadores. Eles também podem causar problemas de eje??o em transportadores de cavacos, aumentando o tempo de inatividade da produ??o.

Figura 4: Classifica??o dos chips, de longos a curtos. Da esquerda para a direita: fita, emaranhado, helicoidal, helicoidal longo, hélice, hélice ideal, tubo helicoidal, vírgula longa e chips de vírgula curta.
Cavacos curtos eliminam problemas de eje??o, mas indicam corte intermitente, o que pode levar a uma vida útil mais curta da ferramenta (devido ao lascamento da aresta da ferramenta) e microvibra??es que degradam a qualidade da superfície. Os cavacos em formato helicoidal n?o s?o nem muito longos nem muito curtos, representando um estado ideal, proporcionando a melhor oportunidade para opera??es de corte ideais.
Forma??o ideal de cavacos, tipo Helicoidal Curta
Requisito de baixa energia
Baixo estresse nas arestas de corte
Baixa for?a de corte Mais fácil de ejetar
Evite chips muito curtos
Exigência de alta potência
Alta tens?o nas arestas de corte
Pode causar deflex?o e vibra??o da ferramenta ou da pe?a de trabalho
Evite chips longos e em forma de fita
Difícil de ejetar
Perigoso para os operadores
Pode recortar e danificar a pe?a de trabalho ou ferramenta